Arcas, freguesia do concelho de Macedo de Cavaleiros, distrito de Bragança, situa-se num vale fértil perto da Serra de Bornes.
É constituída pelas povoações anexas de Nozelos e Morgão e tem como freguesias limítrofres: Vilarinho de Agrochão, Murçós, Ferreira, Corujas, Ala e Vilarinho do Monte.
Pouco se sabe acerca da origem desta freguesia. No entanto, a antiguidade deste povoado é-nos revelada pelo próprio nome. Para uns Arcas falaria de um conjunto de monumentos funerários megalíticos. Para outros Arcas seria mais um lugar de culto ao deus desse mesmo nome e o seu templo estaria localizado mais ou menos no lugar hoje ocupado pelo templo do Divino Senhor dos Passos.
A estrutura geográfica desta região levou a freguesia ao isolamento. A altitude do relevo, o dispositivo hidográfico e a aspereza do clima sempre foram obstáculos à fixação dos povos. Apesar disso, a freguesia sofreu as influências romanas que impôs a sua civilização e a sua cultura aos celtiberos bravos e rudes. Posteriormente, com a nomeação de poderosos ricos-homens da Província, da estirpe dos Bragançãos, para as jurisdições, o território foi sendo pouco a pouco repovoado.
Sabe-se que no reinado de D. Dinis foi concedida carta de foral a Nozelos, em 1284.
Nesta freguesia destacaram-se várias figuras ilustres através das suas acções e feitos de grande nomeada:
Manuel de Almeida Pessanha
Natural desta freguesia, nasceu a 20 de Agosto de 1825. Foi um político de grande influência. Foi Governador Civil de Bragança em 1858 e Par do reino em 1863. Faleceu nesta terra a 15 de Janeiro de 1871.
Padre João Manuel de Almeida Morais Pessanha
Nasceu nas Arcas em 3 de Fevereiro de 1843. Foi presbítero, capelão militar, Cavaleiro da Ordem de Avis, professor e jornalista. Na opinião do abade de Baçal foi uma das mais notáveis personalidades do distrito de Bragança. Faleceu a 22 de Junho de 1905, em Cabeça Boa, Bragança.
Francisco de Assis Pereira do Lago — Visconde das Arcas
Natural desta freguesia, onde nasceu a 8 de Janeiro de 1844. Foi uma figura de grande destaque no Distrito, tendo sido deputado por Macedo de Cavaleiros em 1870 e Governador Civil de Bragança em 1886. Faleceu a 4 de Fevereiro de 1914.